sexta-feira, 29 de abril de 2016

Dúvidas? Para mim fazer ou para eu fazer?

Para mim fazer ou para eu fazer?

Bom, para acabar de vez com a dúvida, basta pensar que mim é um pronome pessoal oblíquo, portanto,não pode exercer função de sujeito em uma oração. O mim não faz nada, certo? O correto é para eu fazer.

terça-feira, 26 de abril de 2016

10 CURIOSIDADES SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA

 10 CURIOSIDADES SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA
(Todas retiradas do excelente livro “Guia dos Curiosos- Língua Portuguesa”, de Marcelo Duarte)

1. A maior palavra da Língua Portuguesa não é anticonstitucionalissimamente. A maior palavra, com 46 letras é PNEUMOULTRAMICROSCOPICOSSILICOVULCANOCONIÓTICO, que descreve o estado das pessoas que sofrem de um rara doença provocada pela aspiração de cinzas vulcânicas.

2. Em Portugal, MALUCO, se diz, TARALHOCO. Lá, aquela famosa música do Raul Seixas seria “Taralhoco Beleza”.

3. Desconsiderando os acentos, as palavras ÁLBUM, HOTEL, LIBIDO, SAUNA, MÁFIA E VÍRUS são escritas de maneira idêntica em português, inglês, francês, espanhol italiano e alemão.

4. O coletivo de borboleta é PANAPANÁ.

5. PALÍNDROMO é a frase ou palavra que lida da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, tem o mesmo sentido. OVO, RADAR E ARARA são exemplos de palíndromos. Existem também frases palíndromas como: LUZ AZUL, ATO IDIOTA, APÓS A SOPA e A BASE DO TETO DESABA.

6. Não gosta do seu nome? Veja essa lista de nomes de pessoas registradas no Brasil: ESPARADRAPO CLEMENTE DE SÁ, HIMALAIA VIRGULINO JANEIRO FEVEREIRO DE MARÇO ABRIL, ABC LOPES, JAPODEIS DA PÁTRIA TORRES, LANÇA-PERFUME DE ANDRADE e o meu preferido, NAIDA NAVINDA NAVOLTA PEREIRA.

7. A expressão “Será o Benedito”, nasceu em 1933, quando o presidente Getúlio Vargas, demorou muito para escolher o interventor de Minas Gerais. Todos temiam que ele escolhesse o pior candidato, Benedito Valadares. Por isso, a população se perguntava: “Será o Benedito?” E o Benedito foi o escolhido.

8. Sabe o que é um FARDOLA? É aquela pessoa que vive contando vantagens a seu próprio respeito. As propagandas eleitorais estão cheias de FARDOLAS. E de outras coisas também.

9. Quando os brasileiros não entendem algo, logo dizem: “Está falando grego”. Já os gregos, quando ouvem algo incompreensível, dizem: “Está falando chinês”.

10. O docinho BRIGADEIRO, foi criado no Brasil logo após a Segunda Guerra Mundial. Como na época era muito difícil arranjar leite fresco, ovos, amêndoas e açúcar para os doces, alguém misturou leite condensado e chocolate. E nascia essa maravilha. O nome foi uma homenagem ao brigadeiro Eduardo Gomes, candidato à Presidência da República.


domingo, 24 de abril de 2016

Família feita de refém

A Polícia Militar de Timbó foi acionada para atender uma ocorrência de roubo a mão armada  na rua Espírito Santo, Bairro dos Estados em Timbó.
Uma família foi feita refém de bandidos armados dentro da própria casa. No momento 
 estavam na sala assistindo televisão e com a porta principal aberta.
Assim que os bandidos entraram anunciaram o assalto, amarrando-os com cinta de naylon. Após revirar a residência, eles tentaram levar o carro da família, porém não acharam a chave e desistiram fugindo em sentido ignorado.Segundo as vítimas havia um terceiro homem aguardando a dupla de assaltantes do lado de fora da residência em um veículo com características desconhecidas.

Batata de forno

Ingredientes
10 batatas grandes

3 cubos de caldo knorr ou maggi
1 colher de chá de sal
Creme:
2 caixinhas de creme de leite
1 copo de requeijão
200 g de apresuntado
200 g de mussarela
1 colher de café de tempero baiano
1 colher de café de oregano
cheiro verde a gosto
+ 200 grs de mussarela para a cobertura

MODO DE PREPARO
Corte as batatas em rodelas grossas, cozinhe com 3 cubos de caldo knorr e o sal, deixe cozinhar por uns 15 minutos, não deixe ficar muito mole

Escorra e reserve

Creme:

Em uma vasilha, coloque as caixinhas de creme de leite, junte o requeijão coloque o tempero baiano, cheiro-verde a gosto, a mussarela e o presunto picadinho e um pouco de orégano mexa e faça um creme grosso

Montagem:

Unte um refratário com margarina, forre o fundo com a 1º camada de batatas, despeje um fio de azeite por cima das batatas, despeje parte do creme por cima cubra com mussarela, repita novamente com as batatas o creme, cubra com mussarela e coloque orégano
Leve ao forno preaquecido até a mussarela derreter por igual e alguns pontos mais escurinhos por cima

Informações Adicionais

O fio de azeite por cima das batatas da um saborzinho todo especial. Não deixem de colocar. Fica uma delícia!



Expressões de nossa língua

 Expressões de nossa língua

1.      Amarrar a cara
2.      Dormir no ponto
3.      Viver ao deus-dará
4.      Comprar gato por lebre
5.      Procurar agulha em palheiro
6.      Passar a perna
7.      Passar a pão e água
8.      Não querer ver nem pintado
9.      Custar os olhos da cara
10.  Saber na ponta da língua
11.  Sem pé nem cabeça
12.  Tirar o corpo fora
13.  Dobrar a língua
14.  Enganar o estômago
15.  Ensinar o padre-nosso ao vigário
16.  Estar com o estômago nas costas
17.  Ficar de molho
18.  Fazer vista grossa
19.  Ter coração de pedra
20.  Pintar o caneco
21.  Dar murro em ponta de faca
22.  Ficar como peixe fora d’água
23.  Não ter nada com o peixe
Procurar sarna para se coçar

Expressões interessantes da nossa língua

1. Estar com a pulga atrás da orelha.
2. Comer o pão que o diabo amassou.
3. Procurar sarna para se coçar.
4. Prometer mundos e fundos.
5. Roer a corda.
6. Lutar com unhas e dentes.
7. Pisar em ovos.
8. Por as barbas de molho.
9. Ter os pés no chão.
10. Estar frito.
11. Pôr as mãos no fogo por alguém.
12. Estar com os pés na cova.
13. Meter os pés pelas mãos.
14. Deixar o barco correr.
15. Estar na cara.
16. Encher a cara.
17. Ser podre de rico.
18. Pôr os pingos nos is.
19. Ir num pé e voltar no outro.
20. Dar tempo ao tempo.


sábado, 23 de abril de 2016

Mau ou Mal?

Mal é advérbio, antônimo de bem.
Mau é um adjetivo, antônimo de bom.

O adjetivo mau é usado principalmente para indicar algo de má qualidade ou alguém que faz maldades, sendo sinônimo de ruim e malvado. Apresenta ainda diversos outros significados, sendo também sinônimo de nocivo, indelicado, incapaz, incorreto, endiabrado, difícil, indecente, entre outros.
Exemplos:
  • Ele é um mau professor.
  • Afaste esses maus pensamentos de sua mente.
O advérbio mal é usado principalmente para indicar algo feito de forma errada e incorreta, sendo sinônimo de erradamente, incorretamente, insatisfatoriamente, negativamente, indevidamente, entre outros. Mal também é substantivo, podendo significar doença, moléstia, angústia, desgosto, maldade, tudo aquilo que é prejudicial ou nocivo. Mal pode ser ainda uma conjunção temporal, sinônima de assim que.
Exemplo:
  • Eu preciso descansar porque tenho dormido mal.
  • O mal da sociedade moderna é a violência urbana.
  • Mal tocou o sino, os alunos saíram correndo.

LÁPIS COR DE PELE

Talvez ninguém leia o depoimento abaixo, mas vale a reflexão...
LÁPIS COR DE PELE
Em uma manhã comum de segunda-feira, em uma das aulas de pintura, percebi os alunos um pouco alvoroçados, passeando de mesa em mesa na tentativa de obter algo que não estava compreendendo. Neste momento, parei e comecei a observar mais atentamente o que estava acontecendo. Como é comum, percebi meus alunos em uma busca frenética pelo lápis "cor de pele" se referindo a um tom rosado ou bege.
Naquele momento, procurei somente observar para ver até onde iria essa situação, foi quando um aluno do outro lado da sala me perguntou: "Professor, o senhor tem lápis cor de pele?
Foi a oportunidade que estava esperando...De imediato selecionei alguns alunos e os chamei à frente de minha mesa. Os alunos ficaram intrigados no porquê apenas não respondi a pergunta e o porquê estava chamando alguns alunos da classe.
Neste momento, retornei a pergunta ao aluno: "Que cor de pele você quer?" Apontando para os alunos que selecionei.
Na ocasião, havia selecionado alunos que apresentavam cores de peles diferentes para explicar aos alunos que não existe somente uma "cor de pele".
Para completar a lição, peguei o tal lápis cor de pele e comecei a comparar com o tom de pele de cada aluno, a qual não batia com a cor de nenhum deles. A reação dos alunos foi espetacular, ficaram surpresos com a descoberta e começaram a escolher os lápis que mais se adequavam às suas cores.
A partir desse dia, os desenhos dos alunos em que apareciam seres humanos começaram a apresentar os mais diversos tons de pele possíveis. E quando alguém soltava sem querer um "empresta a cor de pele" todos perguntavam em coro "MAS QUAL COR DE PELE?"
A lição ficou gravada na mente das crianças e acredito que a valorização das diferenças será transmitida por gerações.
Prof. André Cursino

O que te faz?

As buscas esperançosas para o significado de vossas vidas, o aguilhão de dúvidas cruéis e respostas em piores estados, vos levam a crer como a vossa raça não se extinguiu até esse ponto. 
Todos nós em vossa cerce, encontra-se muitas vezes  o vazio de sempre em vossa existência. Indagamos em vossa indignação sobre doenças mortíferas sem cura, quando nos deparamos há quase dez séculos defronte a  homens capazes de projetar instrumentos de torturas destruidoras de qualquer capacidade sanatória indo ao encontro de vossa desesperança aguda, que habita o cálido de vossas almas.
Se é respondido todas as perguntas sobre nossa autodestruição muitas das vezes não nos achamos. Sem mais de longas, a criação de pensamento fúteis de vossas eras evolutivas, do qual ocasionou o mal do século, que leva milhares de crianças, adultos e idosos buscarem a morte e muito sofrimento como melhor alternativa para enfrentar simples desencontros de vossos cotidianos.
Sendo de tal simplicidade a cura pela felicidade leva o ser humano a pensar que não se encontra sentido para tal validade. sei que corremos atrás de fortunas, quando tudo se é encontrado em uma simples ação: 
A ação de ser feliz...
O que te faz?
Autora: Lidiane Lewin

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Votação

Derrotada na Câmara, Dilma travará batalhas no Senado e na Justiça
Aprovação da continuidade do processo de afastamento da presidente pode antecipar estratégia de luta pela sobrevivência do governo petista
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Derrotada na Câmara, Dilma travará batalhas no Senado e na Justiça Andressa Anholete/AFP

Derrotada na Câmara dos Deputados, com a base em ruínas e a popularidade em frangalhos, a presidente Dilma Rousseff enfrentará, a partir de agora, a batalha decisiva na briga pela sobrevivência à frente do Palácio do Planalto. O combate será travado em duas frentes: na arena política, que terá como palco o Senado, francamente hostil à petista, e no front jurídico, onde a briga já começou e está longe de terminar.
Com a proximidade da votação deste domingo, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, avisou: recorreria ao Supremo Tribunal Federal (STF) "no momento certo". A debandada dos aliados e o iminente fracasso na Câmara deram força à judicialização, mas o primeiro round acabou mal para Dilma.
Cardozo pediu a anulação do processo e perdeu. O pedido foi negado no plenário do STF, fragilizando ainda mais o governo às vésperas da decisão no parlamento.
Leia mais:
Deputados aprovam impeachment da presidente Dilma Rousseff
Veja como estão as manifestações contra e a favor do governo
AO VIVO: Acompanhe a votação na Câmara dos Deputados
Novos recursos estão sendo preparados e serão apresentados a qualquer instante. Em Porto Alegre, o ex-marido de Dilma e ex-deputado estadual Carlos Araújo afirma que o governo irá "até o fim" para reverter o placar desfavorável.
— Quem vai resolver essa briga vai ser o Supremo. Pode sair qualquer tipo de decisão, porque cada ministro pensa de uma forma, mas não ficou caracterizado crime de responsabilidade, e o STF tem dado demonstrações de que respeita a Constituição. O governo vai até o fim para tentar evitar esse absurdo, que é um impeachment sem motivos — diz Araújo, descartando a possibilidade de renúncia da presidente.
— Não é do temperamento dela, e Dilma não cometeu nenhum crime — enfatiza.
O ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto, afirma que o governo tem a responsabilidade de "preservar a Constituição".
— Estamos falando da interrupção do voto popular sem base legal. Isso é golpe — sustenta.
A dúvida é se o STF irá interferir nas decisões do Legislativo ou adotar a conduta da "autocontenção" — quando o Judiciário evita intervir nas ações dos outros poderes.
O ex-ministro Sydney Sanches, que comandou o processo de afastamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello no Senado, em 1992, acredita que o Supremo "evitará se intrometer". Sanches lembra que os advogados de Collor também ingressaram com mandados de segurança, mas só um foi deferido — pela ampliação do prazo de defesa.
— A Constituição diz que compete privativamente ao Senado processar e julgar o impeachment. Portanto, mesmo que questões processuais venham a ser analisadas no STF, quem dirá se há crime de responsabilidade ou não, serão os senadores — pontua.
Conversas com indecisose potenciais apoiadores
Em paralelo à batalha jurídica, o primeiro desafio de Dilma no Senado será convencer a maioria a rejeitar o processo. Essa votação — cuja definição depende apenas de maioria simples (metade mais um) — deve ocorrer no início de maio.
Se perder, Dilma será afastada do cargo e terá de esperar pela definição final por até seis meses. O cenário é considerado catastrófico por petistas. É por isso que, a partir de hoje, emissários do governo e a própria chefe de Estado devem dar início a conversas pessoais com indecisos e potenciais apoiadores.
Na luta por votos, Dilma espera contar com a ajuda do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que preside a Casa e é seu principal aliado no plenário. O parlamentar alagoano vem sendo pressionado por ambos os lados da briga, e a adesão é incerta.
— Renan é um aliado, mas não vai cometer suicídio político. Se a matemática do impeachment continuar contra Dilma, ele não vai ficar sozinho defendendo a presidente — prevê o cientista político Celso Rocha de Barros.
Os governistas também apostam na força dos movimentos sociais para virar o jogo e na presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas ruas, à frente das manifestações. Lula não dará trégua à eventual gestão do vice-presidente Michel Temer, que sofrerá oposição ferrenha do PT — e não terá margem para deslizes.
Para completar o quadro, o Palácio da Alvorada deverá ser transformado em bunker da resistência. Até a conclusão do processo, Dilma poderá continuar vivendo na residência oficial, e tudo indica que não desistirá facilmente.
Nada disso garante êxito para o governo no Senado. Favoráveis ao fim da Era Dilma, os senadores Ana Amélia Lemos (PP) e Lasier Martins (PDT) afirmam que não há mais espaço para negociações. Nem o petista Paulo Paim, defensor da manutenção do mandato, acreditava na vitória de Dilma.
— Infelizmente, o quadro já está definido. Não tem mais volta — diz Paim.

domingo, 17 de abril de 2016

Eu era, eu sou, eu não sei!

Eu era...
Eu fui...
Durante várias eras me construí de muitas versões de mim...
... e me desconstruí em um ser atual.
Uma projeção do passado.
Uma análise do futuro.
Um meio termo inacabado!
É o que sou.
A eterna contradição de desprezar os sentimentos temporais.
Sou o que veio e não passou.
O amor que foi projetado e sequer vingou.
Sou o beijo não dado.
O olhar desviado!
Sou o que fui...
... e o que serei!?
Sou o paladino do pretérito imperfeito.
Sou a mira não acertada.
A tentativa certeira.
O avarento feliz.
O senhor que senta na beira de sua vida e sorri.
O jovem que olha para o último fio de vida e sucumbe.
Hoje me acho um idiota tentando prever um eu melhor.
Mas daí lembro que o idiota de hoje é o ser requintado tão sonhado em outrora...
Somos muito menos que um somatório de lembranças...
... e muito mais que um produtório de expectativas!
Em tese sou um, em prática sou vários!
Essa reflexão vai muito além de ser feliz ou não.
Ela entra no âmago do que somos quando o tempo varia...
... e do que somos de acordo com nossa visão atual fixada!
Eu era o que passou.
Eu sou o que lembrei e o que desejo.
E do que vem eu me orgulho em dizer: eu não sei!

Origem da Língua Portuguesa

língua portuguesa está entre as mais faladas e conhecidas do mundo. Juntamente com o espanhol, o catalão, provençal francês, italiano, rético, sardo e romeno, é uma língua que possui suas raízes no latim vulgar. Essas línguas são chamadas de línguas românticas, latinas ou neolatinas, e são consideradas um tipo de continuação do latim de onde se originam. Ou seja, de maneira pouco explicativa, a língua portuguesa, na verdade, veio da antiga Roma.

História da origem de nosso idioma

O latim, inicialmente, era o idioma falado no antigo Império Romano, mas possuía “subdivisões”, estas eram:
  • O latim clássico: que era mais polido e mais culto, usado pelas classes dominantes do império, e também por poetas, senadores, filósofos, etc.
  • O latim vulgar: era um latim mais acessível ao povo, utilizado pelas classes consideradas mais baixas.
Daí surge a pergunta “Então porque a língua portuguesa não veio do latim clássico?”, a resposta está na época em que os conquistadores romanos dominaram a península Ibérica. Pois eles não introduziram o latim clássico, e sim o latim vulgar, que acabou originando todas as línguas posteriores naquela região – não só o português.

E Portugal?

Após todo o processo de invasão de bárbaros na península Ibérica, depois da romanização destes bárbaros, passadas as lutas entre os mouros e cristãos e a proclamação de independência pelo rei Dom Afonso Henriques, Portugal via sua sociedade sendo formada durante o processo de transição do feudalismo (que se encontrava em crise) para as atividades econômicas, sendo assim, a nação “florescia” numa época de grande crescimento urbano, o que acabou transformando aquela sociedade que ainda nem estava definida.
Quanto ao latim vulgar em Portugal, foi passando por transformações, sendo mesclado ao dialeto local, adquirindo suas próprias características. Este latim, no local, não desprezava as diversas línguas faladas ali antes do domínio romano. Portanto, era inevitável que a língua portuguesa não tivesse sofrido inúmeras variações antes de chegar ao que conhecemos nos dias de hoje. A história do português é dividida em 3 fases, sendo elas:
  • Fase proto-histórica: período antes do século XII, onde os textos eram escritos em latim bárbaro.
  • Fase do português arcaico: corresponde ao período do século XII ao XVI e é subdividido em dois. O primeiro período foi quando os textos eram escritos em galego-português. E o segundo período caracteriza a separação do galego e do português.
  • Fase do português moderno: começa no século XVI, quando finalmente a língua portuguesa começa a se uniformizar, deixando as inúmeras variações de lado.

A expansão da língua portuguesa

Durante o importante período de expansão territorial lusitana – entre os séculos XV e XVI, o português foi levado para outros continentes, aliás, para todos eles. Porém, mesmo após essa visita, a língua portuguesa se “instalou” apenas em alguns locais. É língua oficial no Brasil, Angola, República Democrática de São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Nestes locais, apesar das variações, diferentes pronúncias e inclusões de características do lugar, eles mantêm uma unidade com o português de Portugal. Além disso, alguns locais espalhados pelo mundo possuem uma pequena parcela da população que falam a língua portuguesa, mesmo não sendo o idioma oficial.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Comissão do impeachment

Comissão aprova parecer favorável à abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff
Relatório apresentado pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO) recebeu apoio de 38 deputados e 27 foram contrários

Comissão aprova parecer favorável à abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados/Câmara dos Deputados
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados / Câmara dos Deputados
Prevista inicialmente para ocorrer às 18h, a votação da comissão especial que analisou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff teve início somente às 20h30min. Por 38 votos a 27, o relatório favorável à abertura do processo de afastamento de Dilma foi aprovado.
A sessão, iniciada por volta das 10h50min desta segunda-feira, contou com a explanação dos líderes de partidos e do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que fez a defesa da presidente. O relator do parecer, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), também falou na sessão.
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O relatório de Jovair, que recomendou a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, aponta a edição de decretos suplementares sem autorização do Legislativo e em desconformidade com um dispositivo da Lei Orçamentária que vincula os gastos ao cumprimento da meta fiscal como uma das infrações cometidas pelo governo.
O deputado avaliou que, sem a revisão da meta fiscal aprovada, o Executivo não poderia, por iniciativa própria, editar tais decretos, tendo de recorrer a projeto de lei ou medida provisória. Em relação às pedaladas fiscais, foi analisado apenas o uso de recursos do Banco do Brasil para pagar benefícios do Plano Safra — o governo atrasou os repasses ao banco, que pagou os agricultores com recursos próprios. Esse atraso, na avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), configura uma operação de crédito irregular.
O parecer de Jovair Arantes agora será analisado pelo plenário da Câmara dos Deputados, onde precisará de 342 votos favoráveis para seguir para análise do Senado.
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Deficiência Intelectual ou atraso cognitivo?

O QUE É DEFICIÊNCIA INTELECTUAL OU ATRASO COGNITIVO?


Marina da Silveira Rodrigues Almeida
Consultora em Educação Inclusiva
Psicóloga e Pedagoga especialista
Instituto Inclusão Brasil


1. O que é Deficiência Intelectual ou atraso cognitivo?

Deficiência intelectual ou atraso mental é um termo que se usa quando uma pessoa apresenta certas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social.
Estas limitações provocam uma maior lentidão na aprendizagem e no desenvolvimento dessas pessoas.
As crianças com atraso cognitivo podem precisar de mais tempo para aprender a falar, a caminhar e a aprender as competências necessárias para cuidar de si, tal como vestir-se ou comer com autonomia. É natural que enfrentem dificuldades na escola. No entanto aprenderão, mas necessitarão de mais tempo. É possível que algumas crianças não consigam aprender algumas coisas como qualquer pessoa que também não consegue aprender tudo.

2. Quais são as causas da Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo?

Os investigadores encontraram muitas causas da deficiência intelectual, as mais comuns são:
Condições genéticas: Por vezes, o atraso mental é causado por genes anormais herdados dos pais, por erros ou acidentes produzidos na altura em que os genes se combinam uns com os outros, ou ainda por outras razões de natureza genética. Alguns exemplos de condições genéticas propiciadoras do desenvolvimento de uma deficiência intelectual incluem a síndrome de Down ou a fenilcetonúria.
Problemas durante a gravidez: O atraso cognitivo pode resultar de um desenvolvimento inapropriado do embrião ou do feto durante a gravidez. Por exemplo, pode acontecer que, a quando da divisão das células, surjam problemas que afetem o desenvolvimento da criança. Uma mulher alcoólica ou que contraia uma infecção durante a gravidez, como a rubéola, por exemplo, pode também ter uma criança com problemas de desenvolvimento mental.
Problemas ao nascer: Se o bebê tem problemas durante o parto, como, por exemplo, se não recebe oxigênio suficiente, pode também acontecer que venha a ter problemas de desenvolvimento mental.
Problemas de saúde: Algumas doenças, como o sarampo ou a meningite podem estar na origem de uma deficiência mental, sobretudo se não forem tomados todos os cuidados de saúde necessários. A mal nutrição extrema ou a exposição a venenos como o mercúrio ou o chumbo podem também originar problemas graves para o desenvolvimento mental das crianças.

Nenhuma destas causas produz, por si só, uma deficiência intelectual. No entanto, constituem riscos, uns mais sérios outros menos, que convém evitar tanto quanto possível. Por exemplo, uma doença como a meningite não provoca forçosamente um atraso intelectual; o consumo excessivo de álcool durante a gravidez também não; todavia, constituem riscos demasiados graves para que não se procure todos os cuidados de saúde necessários para combater a doença, ou para que não se evite o consumo de álcool durante a gravidez.

A deficiência intelectual não é uma doença. Não pode ser contraída a partir do contágio com outras pessoas, nem o convívio com um deficiente intelectual provoca qualquer prejuízo em pessoas que o não sejam. O atraso cognitivo não é uma doença mental (sofrimento psíquico), como a depressão, esquizofrenia, por exemplo. Não sendo uma doença, também não faz sentido procurar ou esperar uma cura para a deficiência intelectual.
A grande maioria das crianças com deficiência intelectual consegue aprender a fazer muitas coisas úteis para a sua família, escola, sociedade e todas elas aprendem algo para sua utilidade e bem-estar da comunidade em que vivem. Para isso precisam, em regra, de mais tempo e de apoios para lograrem sucesso.

3. Como se diagnostica a Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo?

A deficiência intelectual ou atraso cognitivo diagnostica-se, observando duas coisas:
A capacidade do cérebro da pessoa para aprender, pensar, resolver problemas, encontrar um sentido do mundo, uma inteligência do mundo que as rodeia (a esta capacidade chama-se funcionamento cognitivo ou funcionamento intelectual)
A competência necessária para viver com autonomia e independência na comunidade em que se insere (a esta competência também se chama comportamento adaptativo ou funcionamento adaptativo).

Enquanto o diagnóstico do funcionamento cognitivo é normalmente realizado por técnicos devidamente habilitados (psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, etc.), já o funcionamento adaptativo deve ser objeto de observação e análise por parte da família, dos pais e dos educadores que convivem com a criança.
Para obter dados a respeito do comportamento adaptativo deve procurar saber-se o que a criança consegue fazer em comparação com crianças da mesma idade cronológica.

Certas competências são muito importantes para a organização desse comportamento adaptativo:
As competências de vida diária, como vestir-se, tomar banho, comer.
As competências de comunicação, como compreender o que se diz e saber responder.
As competências sociais com os colegas, com os membros da família e com outros adultos e crianças.

Para diagnosticar a Deficiência Intelectual, os profissionais estudam as capacidades mentais da pessoa e as suas competências adaptativas. Estes dois aspectos fazem parte da definição de atraso cognitivo comum à maior parte dos cientistas que se dedicam ao estudo da deficiência intelectual.

O fato de se organizarem serviços de apoio a crianças e jovens com deficiência intelectual deve proporcionar uma melhor compreensão sobre a situação concreta da criança de quem se diz que tem um atraso cognitivo.
Após uma avaliação inicial, devem ser estudadas as potencialidades e as dificuldades que a criança apresenta. Deve também ser estudada a quantidade e natureza de apoio de que a criança possa necessitar para estar bem em casa, na escola e na comunidade.
Esta perspectiva global dá-nos uma visão realista de cada criança. Por outro lado, serve também para reconhecer que a “visão” inicial pode, e muitas vezes devem mudar ou evoluir. À medida que a criança vai crescendo e aprendendo, também a sua capacidade para encontrar o seu lugar, o seu melhor lugar, no mundo aumenta.

4. Qual é a freqüência da Deficiência Intelectual?

A maior parte dos estudos aponta para uma freqüência de 2% a 3% sobre as crianças com mais de 6 anos. Não é a mesma coisa determinar essa freqüência em crianças mais novas ou em adultos. A Administração dos EUA considera o valor de 3% para efeitos de planificação dos apoios a conceder a alunos com atraso cognitivo. Esta percentagem é um valor de referência que merece bastante credibilidade. Mas não é mais do que um valor de referência.

5. Orientação aos Pais:

Procure saber mais sobre deficiência intelectual: outros pais, professores e técnicos poderão ajudar.
Incentive o seu filho a ser independente: por exemplo, ajude-o a aprender competências de vida diária, tais como: vestir-se, comer sozinho, tomar banho, arrumar-se para sair.
Atribua-lhe tarefas próprias e de responsabilidade. Tenha sempre em mente a sua idade real, a sua capacidade para manter-se atento e as suas competências. Divida as tarefas em passos pequenos. Por exemplo, se a tarefa do seu filho é a de pôr a mesa, peça-lhe primeiro que escolha o número apropriado de guardanapos; depois, peça-lhe que coloque cada guardanapo no lugar de cada membro da família. Se for necessário, ajude-o em cada passo da tarefa. Nunca o abandone numa situação em que não seja capaz de realizar com sucesso. Se ele não conseguir, demonstre como deve ser.
Elogie o seu filho sempre que consiga resolver um problema. Não se esqueça de elogiar também quando o seu filho se limita a observar a forma como se pode resolver a tarefa: ele também realizou algo importante, esteve consigo para que as coisas corram melhor no futuro.
Procure saber quais são as competências que o seu filho está aprendendo na escola. Encontre formas de aplicar essas competências em casa. Por exemplo, se o professor lhe está ensinando a usar o dinheiro, leve o seu filho ao supermercado. Ajude-o a reconhecer o dinheiro necessário para pagar as compras. Explique e demonstre sempre como se faz, mesmo que a criança pareça não perceber. Não desista, nem deixe nunca o seu filho numa situação de insucesso, se puder evitar.

Procure oportunidades na sua comunidade para que ele possa participar em atividades sociais, por exemplo: escoteiros, os clubes, atividades de desporto. Isso o ajudará a desenvolver competências sociais e a divertir-se.
Fale com outros pais que tenham filhos com deficiência intelectual: os pais podem partilhar conselhos práticos e apoio emocional.
Não falte às reuniões de escola, em que os professores vão elaborar um plano para responder melhor às necessidades do seu filho. Se a escola não se lembrar de convidar os pais, mostre a sua vontade em participar na resolução dos problemas. Não desista nunca de oferecer ajuda aos professores para que conheçam melhor o seu filho. Pergunte também aos professores como é que pode apoiar a aprendizagem escolar do seu filho em casa.


6. Orientação aos Professores:

Aprenda tudo o que puder sobre deficiência intelectual. Procure quem possa aconselhar na busca de bibliografia adequada ou utilize bibliotecas, internet, etc.
Reconheça que o seu empenho pode fazer uma grande diferença na vida de um aluno com deficiência ou sem deficiência. Procure saber quais são as potencialidades e interesses do aluno e concentre todos os seus esforços no seu desenvolvimento. Proporcione oportunidades de sucesso.
Participe ativamente na elaboração do Plano Individual de Ensino do aluno e Plano Educativo. Este plano contém as metas educativas, que se espera que o aluno venha a alcançar, e define responsabilidades da escola e de serviços externos para a boa condução do plano.
Seja tão concreto quanto possível para tornar a aprendizagem vivenciada. Demonstre o que pretende dizer. Não se limite a dar instruções verbais. Algumas instruções verbais devem ser acompanhadas de uma imagem de suporte, desenhos, cartazes. Mas também não se limite a apoiar as mensagens verbais com imagens. Sempre que necessário e possível, proporcione ao aluno materiais e experiências práticas e oportunidade de experimentar as coisas.
Divida as tarefas novas em passos pequenos. Demonstre como se realiza cada um desses passos. Proporcione ajuda, na justa medida da necessidade do aluno. Não deixe que o aluno abandone a tarefa numa situação de insucesso. Se for necessário, solicite ao aluno que seja ele a ajudar o professor a resolver o problema. Partilhe com o aluno o prazer de encontrar uma solução.
Acompanhe a realização de cada passo de uma tarefa com comentários imediatos e úteis para o prosseguimento da atividade.
Desenvolva no aluno competências de vida diária, competências sociais e de exploração e consciência do mundo envolvente. Incentive o aluno a participar em atividades de grupo e nas organizações da escola.
Trabalhe com os pais para elaborar e levar a cabo um plano educativo que respeite as necessidades do aluno. Partilhe regularmente informações sobre a situação do aluno na escola e em casa.

7. Que expectativas de futuro têm as crianças com Deficiência Intelectual?

Sabemos atualmente que 87% das crianças com deficiência intelectual só serão um pouco mais lentas do que a maioria das outras crianças na aprendizagem e aquisição de novas competências. Muitas vezes é mesmo difícil distingui-las de outras crianças com problemas de aprendizagem sem deficiência intelectual, sobretudo nos primeiros anos de escola. O que distingue umas das outras é o fato de que o deficiente intelectual não deixa de realizar e consolidar aprendizagens, mesmo quando ainda não possui as competências adequadas para integrá-las harmoniosamente no conjunto dos seus conhecimentos. Daqui resulta não um atraso simples que o tempo e a experiência ajudarão a compensar, mas um processo diferente de compreender o mundo. Essa diferente compreensão do mundo não deixa, por isso, de ser inteligente e mesmo muito adequada à resolução de inúmeros problemas do quotidiano. È possível que as suas limitações não sejam muito visíveis nos primeiros anos da infância. Mais tarde, na vida adulta, pode também acontecer que consigam levar uma vida bastante independente e responsável. Na verdade, as limitações serão visíveis em função das tarefas que lhes sejam pedidas.
Os restantes 13% terão muito mais dificuldades na escola, na sua vida familiar e comunitária. Uma pessoa com atraso mais severo necessitará de um apoio mais intensivo durante toda a sua vida.
Todas as pessoas com deficiência intelectual são capazes de crescer, aprender e desenvolver-se. Com a ajuda adequada, todas as crianças com deficiência intelectual podem viver de forma satisfatória a sua vida adulta.

8. Que expectativas de futuro têm as crianças com Deficiência Intelectual na Escola?

Uma criança com deficiência intelectual pode obter resultados escolares muito interessantes. Mas nem sempre a adequação do currículo funcional ou individual às necessidades da criança exige meios adicionais muito distintos dos que devem ser providenciados a todos os alunos, sem exceção.
Antes de ir para a escola e até ao três anos, a criança deve beneficiar de um sistema de intervenção precoce. Os educadores e outros técnicos do serviço de intervenção precoce devem pôr em prática um Plano Individual de Apoio à Família.
Este plano define as necessidades individuais e únicas da criança. Define também o tipo de apoio para responder a essas necessidades. Por outro lado, enquadra as necessidades da criança nas necessidades individuais e únicas da família, para que os pais e outros elementos da família saibam como ajudar a criança.
Quando a criança ingressa na Educação Infantil e depois no Ensino Fundamental, os educadores em parceria com a família devem por em prática um programa educativo que responda às necessidades individuais e únicas da criança. Este programa é em tudo idêntico ao anterior, só que ajustado à idade da criança e à sua inclusão no meio escolar. Define as necessidades do aluno e os tipos de apoio escolar e extra-escolar.
A maior parte dos alunos necessita de apoio para o desenvolvimento de competências adaptativas, necessárias para viver, trabalhar e divertir-se na comunidade.
Algumas destas competências incluem:
A comunicação com as outras pessoas.
Satisfazer necessidades pessoais (vestir-se, tomar banho).
Participar na vida familiar (pôr a mesa, limpar o pó, cozinhar).
Competências sociais (conhecer as regras de conversação, portar-se bem em grupo, jogar e divertir-se).
Saúde e segurança.
Leitura, escrita e matemática básica; e à medida que vão crescendo, competências que ajudarão a crianças na transição para a vida adulta.Postado por Marina S. Rodrigues Almeida
FONTE:http://inclusaobrasil.blogspot.com.br/2007/10/o-que-deficincia-intelectual-ou-atraso.html

O que é deficiência intelectual?

Ricardo Ampudia (novaescola@fvc.org.br)

Pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva costumam apresentar dificuldades para resolver problemas, compreender ideias abstratas (como as metáforas, a noção de tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a regras, e realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as ações de autocuidado.
A capacidade de argumentação desses alunos também pode ser afetada e precisa ser devidamente estimulada para facilitar o processo de inclusão e fazer com que a pessoa adquira independência em suas relações com o mundo.
As causas são variadas e complexas, sendo a genética a mais comum, assim como as complicações perinatais, a má-formação fetal ou problemas durante a gravidez. A desnutrição severa e o envenenamento por metais pesados durante a infância também podem acarretar problemas graves para o desenvolvimento intelectual.
O Instituto Inclusão Brasil estima que 87% das crianças brasileiras com algum tipo de deficiência intelectual têm mais dificuldades na aprendizagem escolar e na aquisição de novas competências, se comparadas a crianças sem deficiência. Mesmo assim, é possível que a grande maioria alcance certa independência ao longo do seu desenvolvimento. Apenas os 13% restantes, com comprometimentos mais severos, vão depender de atendimento especial por toda a vida.

Como lidar com alunos com deficiência intelectual na escola?
Segundo a psicopedagoga especialista em Inclusão, Daniela Alonso, as limitações impostas pela deficiência dependem muito do desenvolvimento do indivíduo nas relações sociais e de seus aprendizados, variando bastante de uma criança para outra.
Em geral, a deficiência intelectual traz mais dificuldades para que a criança interprete conteúdos abstratos. Isso exige estratégias diferenciadas por parte do professor, que diversifica os modos de exposição nas aulas, relacionando os conteúdos curriculares a situações do cotidiano, e mostra exemplos concretos para ilustrar ideias mais complexas.
Para a especialista, o professor é capaz de identificar rapidamente o que o aluno não é capaz de fazer. O melhor caminho para se trabalhar, no entanto, é identificar as competências e habilidades que a criança tem. Propor atividades paralelas com conteúdos mais simples ou diferentes, não caracteriza uma situação de inclusão. É preciso redimensionar o conteúdo com relação às formas de exposição, flexibilizar o tempo para a realização das atividades e usar estratégias diversificadas, como a ajuda dos colegas de sala - o que também contribui para a integração e para a socialização do aluno.
Em sala, também é importante a mediação do adulto no que diz respeito à organização da rotina. Falar para o aluno com deficiência intelectual, previamente, o que será necessário para realizar determinada tarefa e quais etapas devem ser seguidas é fundamental.

http://espacoaprendente.blogspot.com.br/2015/04/o-que-e-deficiencia-intelectual.html